terça-feira, 12 de maio de 2009

Casos de Pedofilia

I° Caso

"Soube do meu filho pelo Orkut"

"Um dia, abri o Orkut do meu filho, que tinha 10 anos. Fiquei cega quando vi o e-mail de um homem que dava a entender que tinha feito o pior com ele. Conversamos, ele chorou e contou que o professor de informática havia feito sexo oral nele e tentado beijá-lo. Senti ódio. Registrei queixa na polícia e ele teve de fazer exame de corpo de delito. Foi horrível, nunca vou esquecer a cena: meu filho deitado em posição ginecológica para a perícia. Ele me odiou por fazê-lo passar por aquele constrangimento. Depois disso tudo, ficou agressivo. Começou a mexer com as meninas na escola e fazer brincadeiras bobas com os meninos. Acho que aquilo mexeu com a sua sexualidade. Não tenho mais coragem de ficar longe dele e dos meus outros filhos, nem de deixá-los com ninguém. Perdi a confiança em todo mundo."

MEDO

A dona-de-casa cujo filho foi molestado pelo professor: "Não confio mais em ninguém"


II° Caso

"Ele me levou para o quarto e me estuprou"

"Quando eu tinha 9 anos e estava vendo TV, meu padrasto começou a passar as mãos na minha perna. Pedi para ele parar, mas ele me levou para o quarto à força, tirou a minha roupa e me estuprou. Quando acabou, disse que, se eu contasse para a minha mãe, ele a mataria e mataria também o meu irmão, filho deles. Fez isso comigo quase todos os dias, enquanto minha mãe trabalhava. Quando falei que ia contar, ele me deu um soco, me bateu com o cinto e disse à minha mãe que eu era malcriada. Ela me deu outra surra. Ele só parou quando eu fiquei menstruada, aos 13 anos. Contei para minha mãe aos 16, quando eles já estavam separados. Ela disse que, se durou tanto tempo, era porque eu devia estar gostando. Mas, depois de falar com ele, ela passou a acreditar em mim. Agora, é meu irmão que sempre volta triste quando vai visitá-lo. Eu pergunto por que e ele não responde."

DUPLA DOR

Quando T. contou à mãe que o padrasto abusou dela, ouviu que, "se durou tanto, ela devia estar gostando”.


III° Caso

"Acho que nunca vou superar"

Lembro do cheiro do protetor solar que ele usava. Não suporto senti-lo até hoje. Eu tinha 9 anos e treinava natação com ele. Ele passava a mão e o pênis no meu corpo, depois tremia, e eu achava que estava nervoso – não sabia que era uma ejaculação. Demorei a entender o que tinha acontecido, mas aquilo me afetou de várias maneiras. Já mais velha, via minhas amigas tendo todo tipo de experiência, mas eu não tinha coragem nem de beijar um menino – qualquer contato me deixava travada. Tive síndrome do pânico, tomo antidepressivos e tenho medo do escuro até hoje, porque em uma das vezes ele me molestou num quarto escuro. No ano passado, quando o reencontrei no fórum, senti um medo tão grande que não conseguia parar de chorar. Se eu dissesse que é um assunto resolvido, estaria mentindo. Acho que nunca vou superar. É como se fosse uma cicatriz na minha alma."

TRAUMA

Joanna Maranhão, vítima de abuso aos 9 anos: "É uma cicatriz na alma"

Material enviado pelos alunos do Grupo Fogo(Vítima).

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