sexta-feira, 24 de abril de 2009

Classificação dos controles

• Controle positivo e negativo: O controle positivo é empregado para orientar o comportamento do individuo, levando-o a proceder de acordo com as normas e valores da sociedade. Ex: os prêmios e as recompensas. O negativo faz com que o individuo se afaste de determinadas formas de comportamento consideradas anti-sociais. Ex: a proibição, as repreensões.

• Controle formal e informal: Os controles formais são obrigatórios a todos os indivíduos que participam de um grupo. Ex: as leis, os decretos e atos promulgados pelo estado. Os controles informais são espontâneos que visam aprovar ou desaprovar determinados comportamentos compatíveis ou não com as normas e valores. Ex: a fofoca, o ridículo, o riso, o aplauso e o sorriso de aprovação.

• Controle institucional e grupal: Nas diferentes sociedades e na mesma sociedade, em diferentes épocas, ocorre a predominância de uma ou outra instituição, de forma que o controle especifico por elas exercido varia de importância. Os padrões institucionalizados orientam e controlam grupos existentes numa sociedade. Evidenciando-se mais no grupo primário do que no secundário. O controle grupal é exercido pelos diferentes grupos sobre os seus componentes, variando o rigor e o grau com que atuam.

1. Nos grupos familial e educativo o controle que exerce é mais rigoroso. Predominantemente informal, pois as relações entre os membros são íntimas.

2. Os grupos econômico e político os controles são formais e a conformidade decorre das exigências especificas das atividades econômicas ou dos direitos e deveres do cidadão, determinado pelos estatuto cívicos e públicos. As possibilidades de aplicação das sanções ocorrem mais freqüentemente nos grupos econômicos do que nos políticos.

3. Os grupos recreativos e religiosos apresentam maior opção e liberdade de movimento, sendo, portanto, menor o grau de controle imposto. Sua organização é mais frouxa do que nos anteriores e a conformidade repousa principalmente na cooperação voluntária de seus membros. As exceções, neste item, dizem respeito a determinadas seitas religiosas que, da mesma maneira que algumas sociedades secretas existem uma estrita conformidade até em aspectos do comportamento aparentemente não essenciais.

Eficiência dos controles

• Em geral, quanto mais atrativo for um grupo, para um individuo, maior será a eficiência de pressão exercida sobre ele - A eficácia da sanção depende, portanto, da sensibilidade do individuo em relação ao juízo feito pelo grupo. A maioria das sanções é simbólica: a medalha, o diploma de membro honorário, a ironia, o ridículo. São importantes à medida que o individuo preza a opinião dos outros.

• A eficiência do controle social depende da autonomia do grupo – A natureza do grupo, da mesma maneira que a natureza do individuo, é um fator que contribui para a eficácia do controle. Este tende a ser mais eficiente em grupos independentes, com autoridade centralizada, como as sociedades rurais, do que em grupos interdependentes, como as modernas sociedades urbano-industrias. Nestas, o individuo pertence, ao mesmo tempo, a diferentes grupos que podem possuir interesses divergentes ou opostos.

• O controle social atinge o Maximo da coordenação de grupos primários e burocráticos – em virtude do seu tamanho reduzido, o grupo primário apresenta flexibilidade e rapidez ao enfrentar acontecimentos que fogem à regra e, através da pressão das relações intimas e informais leva à conformidade. A especialização e os recursos técnicos de que dispõem s sociedade moderna, burocrática, especificamente no setor da comunicação de massa, permitem a rápida difusão de mensagens que atingem um elevado números de indivíduos e grupos.

• As ordens contraditórias levam à desobediência ou à frustração – a incoerência de atitudes por parte de autoridades conduz a um comportamento oscilante: insegurança, nervosismo ou desobediência, comportamento desviante. Um sistema de sanções induz a conformidade, ao passo que as incoerentes, incertas e inconstantes levam à desobediência.

Tipos de controle

O controle pode ser interno e externo.
O controle interno emana da própria personalidade do individuo; através da socialização, ele interioriza as normas e valores de seu grupo e, convencido de sua validade, orienta sua ação de acordo com eles. Assim, o controle interno é o auto controle exercido pela vontade consciente do individuo, baseado nos princípios, crenças e ideais dominantes em seu grupo e por ele aceitos. Pode funcionar de maneira positiva através de antecipação feita pelo individuo em relação ao prazer e à vantagem advindos da aprovação do grupo; em sentido negativo, por meio da antecipação das sanções punitivas em face do comportamento contrario às normas.

O controle externo divide-se em: natural, espontâneo e informal – exercido principalmente pelos grupos primários. Baseia-se nas relações pessoais e intimas que ligam os componentes do grupo; artificial, organizado e formal – é exercido, principalmente, pelos grupos secundários, onde as relações são formais e impessoais. À medida que a sociedade torna-se mais complexa, aumentando o número de seus componentes e tornando-se heterogênea, o controle formal, baseado no conhecimento e na opinião do grupo, não é mais suficiente para manter a conformidade.

Texto elaborado pelos alunos EDUARDO NUNES, ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA JUNIOR, PAULA CESAR, JOSÉ BARROS, DANIEL GAMA, THIAGO CARVALHO, integrantes do Grupo Terra(Controle Social).

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